Allan Pitz é escritor e diretor teatral carioca publicado em diversas Antologias e círculos literários. Com 27 anos, Pitz já tem vários trabalhos publicados e quer mais.
O autor do livro A morte do cozinheiro, Allan Pitz, cedeu ao blog uma pequena entrevista onde fala um pouco sobre seus livros e projetos futuros. E nos conta um pouquinho sobre como se tornou escritor.
1) Quando e como você descobriu que queria ser escritor?
Allan - Sempre tive um lado escritor (curioso), mas isso não me motivava a querer seguir o caminho das letras. Passava mais como um hobbie. Descobri que queria mesmo ser escritor quando algumas coisas que eu lia já não existiam da forma ansiosa que eu imaginava que poderiam ser. Foi um caminho natural, eu acho. Eu precisei escrever uma coisa que gostaria de ler. Depois é impossível parar.
Allan - Sempre tive um lado escritor (curioso), mas isso não me motivava a querer seguir o caminho das letras. Passava mais como um hobbie. Descobri que queria mesmo ser escritor quando algumas coisas que eu lia já não existiam da forma ansiosa que eu imaginava que poderiam ser. Foi um caminho natural, eu acho. Eu precisei escrever uma coisa que gostaria de ler. Depois é impossível parar.
2) "A morte do Cozinheiro" é um livro complexo e que aborda de uma forma diferente o tema do ciúme. De onde surgiu a idéia para criar a estória do livro?
A - Quando falamos de crime passional, crises de inconformismo, ciúmes, é sempre uma coisa distante de nossa realidade... Como o câncer do vizinho (em mim, jamais). No entanto Luiz Aurélio, o protagonista, nos remete a uma história que sugere intensa proximidade real, temperada com todos os ingredientes de ebulição interna para a completa loucura do ser desiludido, isso acaba aproximando, e confundindo o leitor (esse cara é o meu herói?!), em sua conturbada paranóia corrida. A idéia surgiu de observações pessoais sobre o ciúme, em alcance de vitrine e alerta para que não existam casos semelhantes, Luiz é um exemplo ruim, serve apenas para isso. É um retrato tão explícito que beira o ridículo, e pode acontecer mesmo.
3) Além de "A morte do cozinheiro" você tem outros trabalhos publicados? Fale-nos um pouco sobre eles.
A - Minha primeira publicação foi A fuga das amebas selvagens, trabalho que gosto muito, recheado de piadas, contos, quadros teatrais, cenas, filosofias de boteco... A intenção dessa obra era ser um gibi literário para adultos em fase de descontração, vendido em bancas de jornal e qualquer livraria do país, mas a inexperiência das escolhas na época manteve o trabalho escondido até hoje. O Duas Doses e um Bungee Jump é um livro de poemas lançado em Portugal e vendido por lá (pode ser comprado aqui no Brasil pela internet), foi originalmente escrito em 2008, consiste em reapresentar o poema como gênero fácil, necessário, e simples para a didática de todos que sentem algo, que precisam dizer algo, um pequeno mergulho poético para todos. Já o Visões comuns de um porco esquartejado (poemas) foi um esquartejamento das minhas visões comuns da vida sobre o papel em busca de novos horizontes, a regeneração, o retorno mais forte. Fiz trinta exemplares e nunca mais toquei nele. Se eu tivesse condições melhores teria batalhado esse livro como ele merece, ele pode ajudar as pessoas de alguma forma.
4) O livro "A morte do cozinheiro" foi escrito de uma forma quase poética. Você sempre gostou de escrever? De onde vem essa sua habilidade com as palavras?
A - Eu era aquele ‘Nerd’ que comemorava quando a professora pedia uma redação, enquanto todos reclamavam (que fiasco). Quando gostava de alguma menina escrevia minhas cartinhas, presenteava as pessoas com versos, cartas... Quando estudei publicidade na escola técnica gostava de criar títulos, slogan, no teatro não demorou muito para eu escrever meus textos próprios, as cenas... É como eu disse antes, foi algo natural, por isso me intitulo PhD em Patavinas, não houve um projeto “Quero ser escritor”, Deus foi muito generoso com esse barbudo.
5) Você está trabalhando em algum outro projeto no momento?
A - Estou com três projetos prontos no momento, um deles já está sendo oferecido para algumas editoras (Estação Jugular – Uma estrada para Van Gogh), que tomou a frente por ser outra história inteira, e bem original. Mas tenho outras histórias engavetadas que gosto muito, uma delas é o Império do Diabo, inspirado no conto A igreja do Diabo, de Machado de Assis. Espero ver a gaveta vazia enquanto ainda estiver vivo. Será que consigo?
(Eu tenho certeza que consegue =])
6) Onde seus fãs e futuros fãs de seus trabalhos podem lhe encontrar?
A - Estou tentando manter meu blog sempre atualizado, mas a correria de fazer tudo sozinho nesse processo de A morte do cozinheiro me impede às vezes. Estou no ‘paquidermes culturais’, e respondo a todos os leitores amigos no meu e-mail.
Também estou no site skoob, onde cadastrei as obras.
Gostaria de agradecer imensamente pela entrevista cedida ao blog. Quer deixar algum recadinho para seus leitores?
A - Quero agradecer do fundo da alma por terem lido meus textos, e deixo aqui um poema em homenagem a todos os teimosos sonhadores como eu:
ETERNO
(parte do livro Visões comuns de um porco esquartejado)
Eles arrancaram minha boca;
E eu sorri.
Eles arrancaram meus braços;
Eu acenei.
Eles arrancaram meus ossos do pé;
Eles arrancaram meus ossos do pé;
Caminhei.
No fim trouxeram a máxima lâmina
Deceparam a cabeça frágil do corpo
Comemoraram a desventura do eu morto.
E eu voltei.
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais do autor Allan Pitz. Eu com certeza gostei!
Super beijos amores!
Até mais!
me entresei pelo livro vou ver
ResponderExcluirMuito legal a entrevista *.*
ResponderExcluirNão conhecia o Allan...
Já tinha lido a resenha do livro, mas nada sobre ele.
ResponderExcluirParabéns pela entrevista.
Beijo
Adorei a entrevista \o/
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