A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger

Editora: Suma de Letras
Autor: Audrey Niffenegger
Ano: 2009
Número de Páginas: 450
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Ótimo!

Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação.

"O tempo não é nada"

Quando tinha seis anos de idade, Clare Abshire conheceu o homem com quem anos mais tarde viria a se casar. Claro que na época, ela não sabia disso. Tudo o que ela sabia era que Herry era um viajante do tempo, uma pessoas que, como por magica, conseguia ir para trás e para frente no tempo. Aos seus olhos de criança, Henry era um ser de outro planeta. Mas mesmo com todos os motivos par ter medo desse homem estranho, Clare decide fazer de Henry seu melhor amigo.

Enquanto Clare cresce, Henry continua visitando-a e a relação entre eles se estreita mais e mais. Clare vive para esperar os dias em que Henry aparecerá no campo atrás de sua casa.

Ela vive a esperar. Este é seu destino. Sempre esperar. Por Henry. Por sua vida. Por suas futuras lembranças.

A Mulher do Viajante do Tempo não foi extamente uma surpresa pra mim, pois eu já conhecia a história, afinal já havia assistido ao filme (Te amarei para sempre), então meio que esperava pelos acontecimentos.

Mas pelo fato de o livro ser narrado em primeira pessoa, alternadamente entre Henry e Clare, isso deu uma nova perspectiva para a história, fezendo com que ela ficasse mais intensa e real.

Sempre me perguntei porque esse livro era tão adorado pela maioria das pessoas que o liam e eu descobri o motivo. Quem lê A Mulher do Viajante do Tempo não o esquece jamais.

Essa não é só a história de um homem com um problema genético ou sobre a magica de se voltar no tempo. É principalmente sobre como o amor pode salvar você. Sobre como toda a dor e sofrimento são validos se você tem alguém que o ame mais do que tudo na vida.

"Talvez eu esteja sonhando com você. Talvez você esteja sonhando comigo. Talvez a gente só exista nos sonhos um do outro, e todo dia quando acorda de manhã se esquece um do outro"

Audrey Niffenegger brinca com o tempo e ao mesmo tempo que nos dá a ideia de que não temos o menor controle sobre as coisas que nos acontecem, ela nos diz totalmente o contrário: você pode escolher o futuro que quer ter.

Eu ri, chorei, amei e odeie esse livro, as vezes tudo isso ao mesmo tempo.

No começo eu não conseguia entender como Clare conseguia suportar a ideia assustadora de não ter escolha. Henry apareceu na sua vida quando ela era apenas uma criança e ela nunca pôde fazer nada sobre isso. Mas então, conforme a história vai avançando você percebe porque Henry foi para aquele campo, naquele dia. Porque Clare o quis assim.

"Já vi o meu futuro; Não dá para mudar, nem mudaria se pudesse." (Clare)

Toda a espera, todo o medo, toda a dor de sempre ser deixada para trás, não eram nada para Clare quando ela pensava na sorte que tinha por ter Henry em sua vida.

E isso me fez pensar se eu faria a mesma escolha. Abdicar de uma vida normal, por alguns poucos anos com alguém que se ama. Você faria isso?

O livro, claro, é muito mais do que só Henry e Clare. É também sobre a vida deles, juntos e separados. Como eles crescem, amadurecem e aprendem a viver com seus destinos: Henry sempre sendo levado embora e Clare sempre ficando para trás.

Triste, comovente, apaixonante. Escrito de uma forma doce e dura ao mesmo tempo, esse livro vai conquistar você.

Leitura recomendadíssima!

Deixo pra vocês o vídeo de uma música que eu ouvia as vezes enquanto lia esse livro e que, na minha opinião, tem muito a ver com a história do Henry e da Clare.

Beijos,

Até a próxima!